Muammar Gaddafi |
O premiê da Líbia, Mahmoud Jibril, confirmou a agências de notícias que o ex-ditador da Líbia Muammar Gaddafi foi morto durante uma troca de tiros entre rebeldes e seus apoiadores em sua cidade natal, Sirte, nesta quinta-feira.
As declarações chegam após um pedido da ONG Anistia Internacional, em Londres, para que o governo interino líbio fizesse uma investigação e apresentasse mais detalhes sobre as circunstâncias em torno da morte de Gaddafi.
Embora inicialmente não houvesse uma versão oficial, um vídeo que mostra o ex-ditador capturado ainda com vida nesta quinta-feira transmitido por emissoras árabes gerou suspeitas de que ele tivesse sido executado pelos rebeldes.
Numa coletiva de imprensa em Trípoli, Jibril disse que relatórios de perícia mostram que a causa da morte foi um tiro recebido durante um tiroteio.
"Gaddafi foi retirado de dentro de uma tubulação de esgoto e não mostrou resistência alguma. Quando começamos a movê-lo ele foi atingido por um tiro no braço direito e quando o colocamos numa picape ele ainda não tinha nenhum outro ferimento", disse o premiê citando o relatório.
"Quando o carro começou a se mover houve um tiroteio entre rebeldes e as forças de Gaddafi, no qual ele foi atingido por um tiro na cabeça. O médico legista não conseguiu determinar se a bala pertencia aos rebeldes ou às forças de Gaddafi", disse Jibril, acrescentando que o ex-ditador morreu poucos minutos após chegar a um hospital de Misrata.
Jibril disse ainda que o anúncio da liberação da Líbia será feito no sábado (22), em Benghazi, e que Mutassim Gaddafi, filho do ex-ditador capturado nesta quinta, também está morto, embora Saif al Islam ainda esteja foragido.
AVIÕES FRANCESES E DRONE DOS EUA
Em outra indicação sobre as circunstâncias da morte do ex-ditador, o ministro da Defesa da França, Gérard Longuet, anunciou que aviões franceses identificaram e "pararam" o comboio no qual estava o ex-ditador antes que fosse atacado em terra por forças líbias do novo regime.
O comboio, "de várias dezenas de veículos", foi "parado quando tentava fugir de Sirte, mas não foi destruído pela intervenção francesa", explicou Longuet à imprensa.
Folha
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