O sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e região informou que os funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal também aprovaram as propostas apresentadas pelas instituições financeiras e decidiram pelo fim da greve, que completou 21 dias nesta segunda-feira.
Mais cedo, os trabalhadores do setor privado já haviam aprovado o encerramento da paralisação. Os bancários do Rio de Janeiro, incluindo setor privado, BB e Caixa, igualmente aprovaram o fim da greve. No Rio Grande do Sul, os funcionários do Banrisul marcaram uma nova assembleia para amanhã, às 15h (hora local).
A compensação dos dias parados será feita até 15 de dezembro, somente nos dias úteis e no máximo por duas horas além do expediente. O saldo eventual deverá ser anistiado, ainda conforme o sindicato dos bancários.
AUMENTO REAL
Durante a negociação, ambos os lados cederam, mas conseguiram garantir um reajuste salarial de mais de 1% acima da inflação, diferentemente dos trabalhadores dos Correios, que terminaram a greve, por ordem da Justiça, quase sem aumento real.
Será o oitavo ano em que os bancários terão aumento real. Inicialmente, os bancários pediam ganho real de 5%, índice que os bancos consideraram "impraticável".
O aumento deve valer a partir de setembro. O piso para os bancários que exercem função de caixa passa para R$ 1.900, no caso de jornadas de seis horas. Para a função de escriturário, o piso passa para R$ 1.400.
O acordo prevê ainda aumento da PLR (Participação dos Lucros e Resultados) adicional de R$ 1.100 para R$ 1.400 e do teto da parcela adicional de R$ 2.400 para R$ 2.800.
A greve atinge nesta segunda-feira o 21º dia de paralisação, que já é a maior desde 2004, quando durou 30 dias. Neste ano, o movimento teve forte adesão nos centros administrativos dos bancos.
Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo (ligado à CUT), a greve parou pelo menos 35 mil dos 170 mil bancários da região.
Folha
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