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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Prefeito de São Luís fez saque de 29 milhões de convênios de obras que não foram realizadas, afirma relator da CPI


Roberto Costa é o relator da CPI dos R$ 73 milhões


O relator da CPI dos R$ 73 milhões, deputado Roberto Costa (PMDB), afirmou ao blog nesta quarta-feira que o prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), “sacou” R$ 29 milhões da conta do convênio celebrado em 2009 com o governo Jackson Lago (PSDB).

Na conta da agência do Banco do Brasil do Jaracati estariam R$ 44 milhões – parte dos R$ 73 milhões “desaparecidos” – que seriam utilizados nas obras de prolongamento da Litorânea, que nunca foi feita.

Segundo o deputado, os R$ 29 milhões foram transferidos dessa agência do BB, entre 2009 e este ano, para várias contas de empresas e sacados em seguida. “Há saques de R$ 10 milhões, R$ 4 milhões, R$ 400 mil e R$ 200 mil. É a prova que ele (Castelo) meteu a mão no dinheiro e cometeu um crime horrível”, disse o deputado.

Roberto Costa afirmou que as empresas para onde os recursos foram repassados ainda não estão identificadas pela CPI, o que ocorrerá em breve. “Mas o crime já está provado porque o dinheiro foi sacado e o prolongamento da Litorânea nunca foi feito”, disse.

O relator afirmou que convocará a imprensa para uma coletiva no dia 8 de janeiro onde dará detalhes da operação e do trabalho da comissão até então.

Ele confirmou para o dia 17 de janeiro a convocação do secretário municipal de Fazenda, Mário Bittencourt, e do ex-gerente da Caixa Econômica Federal (CEF), José Soares Correia, banco onde parte dos R$ 73 milhões foi depositado e de onde também “desapareceu”.

Depois de fazer a operação de transferência ou saque, José Soares Correia foi nomeado secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Educação. Hoje ele trabalha na Superintendência da CEF.
Blog do Décio Sá

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