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sábado, 3 de dezembro de 2011

O Time do Ano do Futebol Brasileiro...

Ricardo Gomes um exemplo de superação!

É prematuro para publicar esse post, dirão muitos, mas eu não penso assim. Vou além: ele já estava mais ou menos desenhado em minha cabeça há uns vinte dias, por aí. E o resultado do jogo de anteontem, em Santiago do Chile, somente consolidou minha certeza.

É provável que o Corinthians sagre-se Campeão Brasileiro de 2011 no próximo domingo, com todos os méritos.

É possível, talvez não tão provável, que o Santos sagre-se Campeão Mundial em poucos dias, no Japão.

Serão grandes feitos e, talvez, ninguém mais que o atual Campeão da Copa Libertadores de América merecesse o título de Time Brasileiro do Ano de 2011, principalmente se conquistar o Mundial.

Penso de forma diferente, porém.

Para mim, para a visão que tenho do futebol brasileiro hoje e do futuro e, independentemente do resultado de seu jogo final no Brasileiro e de conquistar ou não o título de Campeão Brasileiro, o Time do Ano é o Vasco da Gama.

É o Vasco de Ricardo Gomes.

Que também é o Vasco de Cristovão, Juninho, Felipe, Dedé, Diego & Cia. bela.

É, igualmente, e digo com satisfação (apesar de algumas ressalvas e frustrações), o Vasco de Roberto Dinamite.

Ora, mas por que Time do Ano, ainda por cima com maiúsculas? Só porque venceu a Copa do Brasil? A mesma que você diz ser uma competição secundária?

Não, irritado leitor não vascaíno, é o Time do Ano porque honrou todas as suas disputas, enobreceu-as.

Porque não entrou em férias depois de uma conquista, pelo contrário, foi à luta em duas frentes, diferentes e extenuantes por si só, e muito mais, muitíssimo mais quando somadas, quando simultâneas. Como fez o Cruzeiro de Vanderlei Luxemburgo, em 2003, numa outra época bem diferente da atual, mas de forma igualmente nobre.

É o Time do Ano porque deu um bom exemplo de como um clube pode, mesmo com dificuldades e orçamento apertado, montar um bom elenco, mesclando novos e veteranos e dar condições à sua comissão técnica para realizar um bom trabalho.

E, finalmente, por último, mas não menos importante, é o meu Time do Ano por ter jogado bonito, por ter jogado futebol com jogadores que pensam e sabem armar, por jogar com meias e não somente meia-dúzia de volantes, os tais “de contenção”, usando e abusando do triste e monótono “jogo aéreo” que domina o futebol brasileiro desse começo de século.

Para mim, para esse meu pensamento, portanto, não é relevante que o Vasco vença o Flamengo e conquiste o Brasileiro por conta de um tropeço corintiano. Seria, ou será, somente a cereja extra do bolo que já é bom.

É o Vasco de Ricardo Gomes, porque foi ele o treinador que montou elenco e equipe, que conduziu o time à conquista da Copa do Brasil e da vaga na Copa Libertadores. Porque foi ele que criou um clima tão bom que, em sua ausência, todos sentiram-se extremamente motivados em dar sequência ao trabalho que já estava em desenvolvimento. Naturalmente, até pela dinâmica própria da temporada, sobretudo com duas competições simultâneas, também é o Vasco de Cristóvão, que comandou e mudou uma coisa aqui, outra ali, alterou um jeito cá e outro acolá, mas a essência permanece.

É o Vasco de Juninho, jogador que merece profundo respeito pelo futebol e pelo caráter. É de Felipe, que vem jogando muito, assim como Diego Souza. Confesso, sem vergonha alguma, que ambos surpreenderam-me positivamente, pois deles não esperava tanto. É de Dedé, claro, que em uma só temporada mostrou o suficiente para ser considerado um dos dois melhores zagueiros brasileiros.  Creio ser até um pouco injusto destacar esses quatro jogadores, porque o time é um conjunto na melhor acepção da palavra. Sendo redundante, é um time.
Do blog Um Olhar Crônico Esportivo
 
O Vasco é o time do ano independente ou não de ser campeão, foi à luta em dois combates, não entrou em férias depois de uma conquista, ou seja, foi muitíssimo nobre.
Joacy Alemão.

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