O estande da Confederação Nacional de Municípios (CNM) estava lotado de gestores ansiosos por se filiarem durante o Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas que acontece de 28 a 30 de janeiro no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília.
O
presidente da CNM, Paulo Ziulkoski esteve no estande para cumprimentar
os novos eleitos e afirmou que a adesão desses gestores à entidade deve
fortalecer a luta do municipalismo brasileiro.
O
prefeito de Mariano Moro (RS), Adelar Battisti, visitou o estande para
se filiar pela primeira vez, pois acredita que a entidade tem um
trabalho legitimo e uma luta que tem alcançado muitas conquistas para os
Municípios. “Os gestores precisam desse apoio da entidade, alguém que
esteja aqui em Brasília de olho nas ações da União. É minha primeira vez
como prefeito e quero aproveitar a equipe técnica da CNM e experiência
em gestão do Paulo para melhorarmos nosso Município e região”, conta.
Do
Município de Araioses no Maranhão, a prefeita Valeria Leal, se filiou
para buscar ajuda, pois herdou um Município endividado e comvários
problemas. “Estou me filiando, pois sei que vou poder contar com a
orientação da CNM para resolver os problemas do Município. Como nova prefeita,
vou precisar de toda a ajuda possível na gestão e parceria da União e
do governo do Estado”, revela a gestora preocupada com a crise
financeira do Município de 50 mil habitantes perto da fronteira com o
Piauí.
Descrentes
Preocupação era a palavra de ordem
para os prefeitos de primeiro mandato e para os reeleitos. Todos
continuam aguardando ansiosos que alguma medida realmente eficaz contra a
crise financeira seja divulgada pela presidente Dilma Rousseff durante o
evento de gestores.
“Espero
que as ações que o governo federal divulgou na abertura do encontro,
não fiquem só no discurso e nunca chegue aos Municípios. A ajuda precisa
ser rápida para resolver os problemas nas contas municipais”, declara o
prefeito gaúcho de Dois Irmãos das Missões, Derli da Silva Quadros.
O
prefeito de Pedrinhas (SE), José Antônio Silva, também acredita que o
governo precisa tomar uma atitude mais séria para ajudar os Municípios
endividados e afirma que com a queda da arrecadação fica inviável
gerenciar o Município. “Nossa dívida é maior que o dinheiro oferecido
pelo governo. Sou reeleito, e meu Município não está conseguindo pagar o
piso, que aumentaram sem perguntar se eu daria conta de pagar”,
desabafa o gestor que ainda lembra, “todo mês é a mesma coisa, estamos
com sérios problemas de custeio da máquina pública, não posso demitir
professores. Esperamos que o governo se sensibilize pelo problema que
eles mesmos criaram”, destaca.
Em
Santa Catarina o prefeito de Aurora, Vilmar Zandonai, explica que o
Município não tem recursos para transporte escolar e para construção das
estradas vicinais. “Nosso Município é 83% agrícola e não podemos
trabalhar sem máquinas, vim até Brasília para mostrar minha situação e
tentar conseguir ajuda com o apoio da CNM, a maioria dos prefeitos aqui
estão em dificuldades”, afirma.
O
prefeito ainda orienta os gestores que estão em seu primeiro mandato:
“Sejam cautelosos, sentem e analisem as contas municipais para
equilibrar as finanças e depois fazer os projetos. Ansiedade deixa o
prefeito vulnerável, e mesmo com toda a cautela vai ser difícil
governar”, aconselha o prefeito reeleito.
Agência CNM
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