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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Presidente do PDT do Maranhão diz que existe trama contra ele

Igor Lago diz que assessores ligados a Lupi querem que ele saia do Comitê Provisório

RIO – O presidente do PDT no Maranhão, Igor Lago, enviou esta semana mensagem por e-mail aos políticos do partido no qual diz que um assessor do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e o deputado federal Weverton Rocha (PDT-MA) estão tramando para tirá-lo do comando do Comitê Provisório. Lago foi quem negou que o diretório estadual tenha arcado com os custos de um avião King-Air utilizado por Lupi durante viagem ao estado, contrariando nota que havia sido divulgada pela Pasta. O empresário Adair Meira, coordenador de ONGs que têm contratos com o Ministério do Trabalho, admitiu que providenciou a aeronave, mas não pagou o aluguel.

“Desde a última quinta-feira, dia 24 de novembro, fui avisado por alguns membros de nossa Comissão, que os senhores Weverton Rocha e Julião Amin tramam a minha saída da presidência junto ao Ministro Carlos Lupi”, diz o presidente do PDT maranhense no relato.

Segundo Lago, a justificativa para tirá-lo da presidência é a de que o ministro estaria contrariado com as declarações dadas por ele durante o episódio que envolveu a viagem do ministro no avião King-Air.

“A minha percepção nesse episódio da viagem ao Maranhão é a de que expuseram o ministro ao ridículo, não só pelo fato em si, mas pelas consecutivas explicações superficiais e ocas sobre o episódio, especialmente do atual deputado federal em exercício e ex-assessor do ministro”, diz ele, referindo-se a Weverton.

Ao GLOBO, o presidente do PDT diz não saber se a iniciativa é uma retaliação por suas declarações e que prefere acreditar que Lupi não está envolvido no caso:

- Quero acreditar que não, que é uma iniciativa irresponsável desses companheiros.

Ele diz que se for tirado do comando, a atitude será chancelada por Lupi:

- Quem autoriza a mudança é a Executiva Nacional, que é dominada pelo ministro.

Como a lei obriga que os partidos tenham diretórios eleitos apenas em nove estados, alguns partidos, como o PDT, preferem manter comitês provisórios, cujos membros não são eleitos, mas nomeados pela Executiva Nacional.

- Recentemente, de uns anos para cá, existe uma orientação do partido para que fique mais nas comissões provisórias que nos diretórios. É uma política ruim porque você fica com uma dependência muito grande de quem está no diretório nacional – afirma Lago.

Procurado pela reportagem, o Ministério do Trabalho disse que não poderia responder pelo PDT.

O Globo

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