O uso de peixes que se alimentam de matéria orgânica colocados em depósitos, caixas d’agua, piscinas abandonadas, fontes, charcos e lagos tem ajudado a evitar o desenvolvimento das larvas do mosquito aedes aegypti. Para isso são usados peixes de água doce como piaba ou barrigudinho (lebiste).
Após aumento de casos das doenças transmitidas pelo mosquito como a dengue, zika e chicungunya o Brasil intensificou as ações de combate ao vetor e tem chamado a atenção de todos para ações conjuntas de prevenção.
Considerando os atrasos dos repasses federais, o recurso financeiro insuficiente para o desenvolvimento das ações e a necessidade de combater o mosquito muitos Municípios têm trabalhado com ações inovadoras para mobilizar da população e eliminar o mosquito.
Ações municipais
Uma das ações, consideradas de baixo custo e de grande benefício é associada ao uso de peixes de água doce ou piaba que ajudam na eliminação da proliferação do mosquito. No Município de Itapetim, no sertão de Pernambuco, a água nas torneiras é escassa. Por isso, é comum encontrar inúmeras caixas d’água espalhadas pelas ruas e dentro das casas.
Os peixes são colocados em reservatórios fechados e abertos: tonéis, caixas d’água e principalmente cisternas, já que o Aedes aegypti prefere lugares escuros e com água parada para se reproduzir. Os ovos do mosquito são postos nas paredes do depósito e quando em contato com a água, eclodem. A piaba se alimenta dos ovos e impede que virem novos mosquitos.
Diminuição de infestação
Assim, os agentes de endemias do Município saem da secretaria de saúde com cerca de 20 "kits de piabas", com cinco peixes cada, para visitar residências na cidade. O secretário de saúde relata que o Município chegou a ter o índice de infestação pelo mosquito (LIRAa) mais alto do Estado de Pernambuco — 13%. Após o uso dos peixes esse índice reduziu para 1,2%, o que é extremamente satisfatório.
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