A Assembleia Legislativa aprovou ontem
requerimento do deputado Othelino Neto que propõe uma audiência
pública, já confirmada para segunda-feira (22), às 9h, no Plenarinho da
Assembleia Legislativa, para discutir o impasse sobre o projeto do
Estatuto do Educador. Outro objetivo da AP será mediar um acordo entre o
Executivo e representantes de professores do Estado para evitar a greve
geral anunciada para terça-feira (23) e motivada por desentendimentos
sobre mudanças no texto que regulamentará as atividades da categoria.
A
Comissão de Administração Pública, Seguridade Social e Relações do
Trabalho, presidida por Othelino, convidou para a audiência o presidente
do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas
Estadual e Municipal do Maranhão (Sinproesemma), Júlio Pinheiro; os
secretários Pedro Fernandes (Educação); Fábio Gondim (Gestão e
Previdência); Roberto Bringel (Planejamento), e o promotor Paulo Avelar
(Educação).
A primeira pauta tratará sobre o Estatuto do Educador,
unificado com o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração. Segundo Júlio
Pinheiro, Depois de quatro meses mantendo o Estatuto engavetado, o
Governo do Estado chamou o sindicato para apresentar uma proposta
diferente da que foi negociada com a entidade”, explicou o presidente do
Sinproesemma.
Pinheiro disse que as últimas alterações feitas no
projeto do Estatuto, “sem a participação do sindicato”, ressaltou,
comprometeram o sentido da proposta negociada e levaram os trabalhadores
à aprovação, em assembleias regionais, de greve por tempo
indeterminado, a partir do próximo dia 23 de abril. “As modificações
realizadas no Estatuto acabaram causando revolta na categoria, que
decidiu aprovar greve geral”, esclareceu Júlio Pinheiro.
Estatuto motivou greve
– O movimento coincide com a greve nacional da educação, dias 23, 24 e
25, e
prossegue por tempo indeterminado até que seja aprovada, na
Assembleia Legislativa, a proposta de Estatuto do Educador, construída,
debatida e negociada em reuniões entre diretores do Sinproesemma e o
Governo do Estado, alertou Pinheiro.
A consulta aos educadores
aconteceu nas regionais de Açailândia, Balsas, Barra do Corda, Bacabal,
Caxias, Chapadinha, Codó, Imperatriz, Itapecuru-Mirim, Pinheiro,
Pedreiras, Presidente Dutra, Rosário, São João dos Patos, São Luís,
Santa Inês, Timon, Viana e Zé Doca. Cada regional representa, em média,
10 municípios maranhenses. A maior é a de Zé Doca, que envolve 17
municípios, concluiu o sindicalista.
J Pequeno
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