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terça-feira, 5 de março de 2013

Brasileiro forte na lista de papáveis, Dom Odilo Scherer está tranquilo





Dom Odilo Scherer (E), o nome brasileiro mais forte na lista dos papáveis, deixou o Colégio Pontifício Pio Brasileiro carregando uma maleta preta.
Dom Odilo Scherer (E), o nome brasileiro mais forte na lista dos papáveis, deixou o Colégio Pontifício Pio Brasileiro carregando uma maleta preta. "Ele está tranquilo, agindo como se não fosse com ele", afirmou um religioso muito próximo ao cardeal, ao comentar as reações dele acerca dos rumores de "candidatura" fortalecida.
Ninguém, ninguém mesmo é capaz de dizer ao certo quem será eleito papa antes de a fumaça branca sair da chaminé da Capela Sistina. O conclave é, sim, uma eleição política, mas, aqui em Roma, percebe-se que, mesmo com a instituição em crise, não se pode desconsiderar o caráter transcendental do processo. De todo modo, as chances de o sumo pontífice ser um brasileiro têm, de fato, aumentado. É sério e faz sentido o burburinho de que Dom Odilo Scherer pode alcançar o cargo máximo da Igreja Católica.

No último fim de semana antes do início das Congregações Gerais, o arcebispo de São Paulo, 63 anos, viajou para Assis, refugiando-se em ares franciscanos. De lá, soube da repercussão de que estava, mais do que antes, cotado para ser papa.
Ontem, concluídos os dois primeiros encontros preparatórios para a votação, no trajeto do Vaticano ao Pontifício Colégio Pio Brasileiro, onde está hospedado, o celular dele tocou. Era do Brasil. Dom Odilo não atendeu. Tem estado cada vez mais reservado.Não dá mais entrevistas, nem mesmo para a mídia católica.

O monsenhor Antonio Luiz Catelan, que tem acompanhado os cardeais brasileiros em Roma, garante que dom Odilo é forte candidato e tem o apoio de dois nomes de peso na Cúria Romana: o decano do colégio cardinalício e coordenador das reuniões preparatórias para o conclave, Angelo Sodano, e o prefeito emérito da Congregação para os Bispos, Giovanni Battista Re. "O negócio está ficando sério", reforça o padre Cesar Augusto dos Santos, chefe dos programas brasileiros na Rádio Vaticano.

Ontem, ao me identificar como brasileiro, um italiano que trabalha no Vaticano cumprimentou-me. "Do Brasil? País do futuro papa?". E insistiu: "A Capela Sistina será preparada para elegê-lo (referindo-se a dom Odilo)". Mais tarde, no almoço, o garçom que me serviu a lasanha também não hesitou. "Você é do Brasil? O próximo papa será brasileiro. Dom Odilo é o nome dele, não é?" Residente no Pio Brasileiro, o padre brasiliense Eduardo Peters sustenta: "Um papa pode estar hospedado aqui". Quem sabe?
O Imparcial

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