Definir
quanto e como conseguir mais dinheiro para as áreas de educação e
segurança. Essa é a missão de duas comissões temporárias recém-criadas
no Senado, que deverá estabelecer ainda questões relativas à forma de
distribuição e aplicação desses recursos. Os parlamentares terão 90 dias
para concluir a proposta. O prazo termina em dezembro.
A
primeira reunião de trabalho da comissão temporária que vai tentar
identificar novas fontes de financiamento para segurança pública está
marcada a tarde desta terça-feira, 8 de outubro. Já os trabalhos da
comissão especial de educação começam na próxima semana, dia 15. A
expectativa é que esses primeiros encontros sirvam para a aprovação do
plano de trabalho dos colegiados.
Na
semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
aprovou proposta do Plano Nacional de Educação (PNE) mantendo a reserva
de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área. A aprovação da
matéria – que aguarda análise da Comissão de Educação – foi possível
porque os senadores já haviam aprovado uma regra para garantir os
recursos: a proposta que destina 75% dos royaltiesdo petróleo para a
educação e 25% para a saúde, um incremento de quase R$ 100 bilhões no
repasse para os dois setores.
Falta de fontes de recursos
O
governo federal tem frequentemente mostrado preocupação com propostas
que exigem maiores investimentos da União, sem garantir uma fonte de
financiamento concreta. O líder do governo no Senado, Eduardo Braga
(PMDB-AM), ressaltou que mais dinheiro será possível apenas se novas
fontes forem apontadas. “É muito difícil Estados, Municípios e União
crescerem ainda mais o volume de investimentos em educação sem novas
fontes”, avaliou.
Esse
cenário é também uma grande preocupação das administrações municipais,
que são as mais afetadas por essas proposições. Nesse sentido, a
Confederação Nacional de Municípios (CNM) tem alertado sobre diversos
projetos em tramitação no Congresso Nacional que criam atribuições aos
Municípios, mas não lhes garante os recursos financeiros necessários à
sua execução.
Entre
eles, Ziulkoski destaca a criação de pisos salariais para inúmeras
categorias – como enfermeiros, médicos, guardas municipais e
fisioterapeutas –, mas não define as fontes de recursos. “A nossa tese é
que enquanto não houver fonte de recurso definida não se deve votar”,
defende o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski.
Agência CNM, com informações da Agência Brasil
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