Enquanto autoridades buscam medidas que possam reduzir os números alarmantes de focos do Aedes aegypti em todo o país, uma cidade cearense encontrou a solução para zerar,nos últimos seis meses, a identificação do mosquito na cidade. A ação adotada pelo Município de Pedra Branca, localizado no sertão central do Ceará, foi baseada no incentivo à piscicultura e à iniciativas conjuntas com a população e os órgãos de Saúde do Ente.
O projeto implementado na cidade deu tão certo que o índice que avalia a presença do mosquito no Município tem se mantido abaixo de 0,5% há mais de dez anos. A ação despertou a atenção da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que deve fazer uma visita à cidade nos próximos dias. A experiência também deve servir de modelo em outros Municípios.
Um dos destaques do conjunto de ações locais é a aplicação de um método natural. No lugar de larvicida, foi priorizado a criação da "piaba-rabo-de-fogo". O peixe de aproximadamente 5 cm foi colocado em caixas e reservatórios de água dos moradores da cidade. A espécie é capaz de comer até 150 larvas do mosquito por dia.
Adaptação
Para a utilização do peixe em reservatórios de água na cidade, foi preciso que o Município construísse antes oito tanques com água e cloro. A intenção é fazer com que a espécie passe por um período de adaptação, que dura um pouco mais de uma semana após a captação do peixe em rios e açudes da região. Se esse estágio não for feito, a piaba morre.
Outro fator avaliado pelo Município como importante para zerar o foco de mosquito no Município foi a manutenção de políticas públicas voltadas para o combate ao mosquito. O investimento na continuidade das ações são consideradas fundamentais na cidade há várias gestões.
Visitas
A periodicidade de visitas dos agente de endemias também é destaque em Pedra Branca. Enquanto em outras cidades a frequência é a cada dois meses, no Município é mensal. Se for descoberto focos em algum ponto da região, o local é isolado em um raio de até 100 metros.
Depois disso, O Município realiza um verdadeiro mutirão de limpeza de casas, ruas e terrenos baldios. A população da cidade também contribui tampando os reservatórios de água com uso de gesso para não deixar brecha para o mosquito.
Informações da Aprece e do Diário do Nordeste
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