Powered By Blogger

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Prefeitos debatem dificuldades sobre implantação dos aterros sanitários no Diálogo maranhense

Ag. CNM

Diálogo Municipalista no Maranhão trouxe um dos temas atuais que mais despertam dúvidas nos gestores: a implantação dos aterros sanitários. A questão marcou os debates na manhã desta quarta-feira, 25 de novembro. Grande parte dos prefeitos ainda buscam orientações e poucos já começaram a implementar a medida. 

Durante explicação sobre o funcionamento dos aterros sanitários, o prefeito do Município de Gonçalves Dias (MA), Vilson Barbosa, aproveitou o momento para compartilhar as experiências da sua cidade, que tem pouco mais de 15 mil habitantes. Ele comentou que está desenvolvendo um aterro sanitário, mas ainda tem dúvidas a respeito. 

“Eu sei que essa é uma questão que eu vou ter que resolver em breve, inclusive estou desenvolvendo um aterro sanitário em Gonçalves Dias. Mas fiquei desanimado quando ouvi de fora que o aterro não resolve o problema. Como eu vou fazer agora? A minha preocupação é porque as pessoas cobram isso do prefeito”, relatou. 

Isso porque a lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), criada pela Lei 12.305/2010 prevê todo um conjunto de ações que vao desde a coleta seletiva e compostagem até a reciclagem do material. Somente o rejeito deve ir para o aterro sanitário. Portanto, se todo esse processo não está implementado a execução do aterro, por si só, não é suficiente, como esclareceu a Confederação Nacional de Municípios (CNM). 

Segundo o prefeito de Poção de Pedras (MA), Augusto Junior, a medida é inviável para os Municípios menores. “O que eu vejo hoje é a condição do aterro sanitário não ser viável para Municípios pequenos, como é o meu caso. Nós não temos estrutura, catadores de papeis para fazer esse trabalho. A gente selecionar todo esse material só se tornaria uma despesa ainda maior do que a gente já tem hoje”. 

Regionalização


Na ocasião, o presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Gil Cutrim, reforçou a importância de regionalizar os problemas. “Dizer que o aterro sanitário não é a solução é muito forte. Precisamos pensar na questão regional. O que vai ser implantado no Sul e no Sudeste não é a mesma coisa que vai ser implantada no Nordeste. A realidade aqui é outra”. 

Ele também destacou em sua fala a necessidade de implementar medidas a longo prazo. “Eu vejo que aqui no Brasil a solução que será mais implementada é a criação dos aterros sanitários porque todas as outras tecnologias existentes no mundo exigem muitos recursos”. 

Orientações


A Confederação Nacional de Municípios (CNM) e a Famem orientam aos gestores que busquem promover consórcios com as cidades vizinhas. Além de contribuir com o meio ambiente, a sua realização gera demanda ao aterro tornando-o economicamente viável. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário