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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ladrão em Brasília e no Maranhão

Caso Davizinho derruba ministro dos Transportes

A revista IstoÉ adiantou para esta quarta-feira, 6, a sua edição semanal e publicou em seu site conteúdo de vídeo que mostra o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que deixou o cargo na tarde desta quarta, em uma reunião, em seu gabinete, com o secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto (SP), em junho de 2009, tentando cooptar o deputado Davi Alves da Silva Júnior (MA), então no PDT, a ingressar no partido. Segundo a revista, o deputado teria garantida a liberação de R$ 1,5 milhão para um projeto em sua base eleitoral. O deputado hoje é filiado ao PR, segundo a Câmara.

Assista ao vídeo na íntegra

O diálogo, de acordo com a publicação, revela como dinheiro público era usado para cooptar políticos a ingressarem no PR. A revista destaca ainda que o vídeo comprova a atuação, no Ministério dos Transportes, do secretário-geral do PR, agindo, segundo a publicação, como uma espécie de “ministro de fato”. “E com amplo acesso a um cobiçado orçamento de R$ 21,5 bilhões para 2011″, diz a publicação.

“É Costa Neto quem alicia o parlamentar, tem autorização para despachar de dentro do gabinete do ministro e orienta, quase determina, para onde vai e quando a verba será liberada”, afirma um trecho da edição de IstoÉ.

O ministro entregou há pouco carta de demissão à presidente Dilma Rousseff. Em nota, ele afirma que se afasta para “colaborar espontaneamente para o esclarecimento cabal das suspeitas”. Nascimento também decidiu encaminhar requerimento à Procuradoria Geral da República pedindo a abertura de investigação e autorizando a quebra de seus sigilos bancário e fiscal. A nota também informa que ele irá reassumir sua cadeira no Senado e a presidência nacional do PR

Uma reportagem publicada pela revista Veja, neste fim de semana, apontou a existência de um suposto esquema de recebimento de propina no Ministério dos Transportes, que envolveria dirigentes do Partido da República (PR). A operação era baseada na cobrança de 4% de empreiteiras e de 5% das empresas de consultoria que elaboram projetos de obras em rodovias e ferrovias.

Após as denúncias, foram afastados do cargo o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, e o chefe de gabinete do Ministério dos Transportes, Mauro Barbosa Silva, além de dois funcionários.

A crise se intensificou com a acusação feita pelo O Globo de que seu filho, Gustavo Morais Pereira, teria aumentado seu patrimônio de forma ilícita 86.500% em cinco anos.

As suspeitas sobre a Forma Construções – empresa de Pereira – começaram por causa de um repasse de R$ 450 mil da Socorro Carvalho Transportes, que presta serviços ao Ministério dos Transportes, para a Forma.

O jornal mencionou ainda que o Fundo da Marinha Mercante, administrado pelo Ministério dos Transportes, teria repassado R$ 3 milhões à Socorro Carvalho. O ministério afirma que a empresa – que também trabalha com navegação – recebeu ressarcimento por serviços prestados na região amazônica.

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