Vargas foi afastado à força da presidência da República em 29 de outubro de 1945. Mas voltaria ao cargo seis anos depois |
O ano era 1945. O mês, outubro. O dia, 29. A data marcou a história do
Brasil com a deposição do então ditador Getúlio Vargas por golpe
militar, seguido de seu auto-exílio na cidade de São Borja, sua cidade
natal, no Rio Grande do Sul. Mas não era o fim. Vargas voltaria ao poder
seis anos depois, e desta vez por voto popular.
Após o golpe que culminou na sua deposição, um dilema se instaurou na
busca por um novo líder: não havia vice-presidente. Além disso, para
dificultar ainda mais a situação, não havia Câmara e nem Senado no
Estado Novo, portanto não havia um claro substituto para Vargas. Na
ausência de um governante, assumiu interinamente o então presidente do
Supremo Tribunal Federal, José Linhares, que ocupou o cargo de 30 de
outubro de 1945 a 31 de janeiro de 1946.
Em dezembro de 1945 foram realizadas eleições para a presidência da
República. Concorreram à presidência o Brigadeiro Eduardo Gomes, um dos
líderes da revolta dos 18 do Forte, pela UDN, o General Dutra, pelo PSD e
PTB, Yedo Fiúza, pelo PCB e Mário Rolim Teles, que não apresentou forte
apoio. O candidato da coligação PSD e PTB saiu vencedor com 55,39% dos
votos.
Vargas retornou à presidência em 1951, dessa vez por meio do voto
popular. Seu segundo mandato foi marcado por importantes iniciativas nas
áreas social e econômica, como a criação das estatais Petrobras e
Eletrobras.
Na fase final do seu governo, porém, as pressões de grupos
oposicionistas civis e militares desencadearam uma profunda crise
política que levou Vargas a interromper seu mandato com um ato que
atentou contra sua própria vida: o suicídio.
OPINIÃO E NOTÍCIA
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