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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Dilma retoma a campanha pela reeleição com apoio dos governadores eleitos

Dilma Rousseff e Aécio Neves (Evaristo Sá/AFP)
Dilma quer que os políticos eleitos e os que continuam em campanha promovam o projeto de reeleição em seus respectivos estados.

Em ato para marcar o início da campanha do segundo turno da eleição presidencial, a presidente Dilma Rousseff (PT) faz hoje encontro em Brasília com governadores e senadores eleitos da base aliada para propagar discurso de comparação do governo de Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002) com a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (2003 a 2010) e de seu primeiro mandato (2011 a 2014). Interlocutores da petista dizem que a reunião, com caráter de megaevento no Brasil 21, visa mostrar que os aliados “juntos são mais fortes”, frente à tentativa dos tucanos de retomar o poder.

Dilma quer que os políticos eleitos e os que continuam em campanha promovam o projeto de reeleição em seus respectivos estados. Em entrevista coletiva no Palácio do Alvorada, Dilma disse ontem que a segunda rodada das eleições põe em confronto dois projetos de gestão federal, que já foram implantados no país. “Nós não vamos comparar só programas. Nós vamos comparar governos muito concretos, que apresentaram propostas para o Brasil. Tiveram tempo de fazê-lo, ao contrário de quem nunca tinha governado o país antes.”

A candidata do PT rebateu a provocação do adversário, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), na comparação dos governos tucano e petista. Em referência aos “fantasmas do passado” na gestão de FHC a quem presidente criticou, o congressista disse que “o povo brasileiro está mais preocupado com os monstros do presente”. “Compare a minha recessão com a dele — a dos monstros do passado — com o que está acontecendo no meu governo. Ele pode usar a retórica, mas a realidade se imporá”, respondeu. Ela também atacou o nome de Armínio Fraga, presidente do Banco Central (1999 a 2002), e eventual ministro da Fazenda de Aécio Neves. “Foi justamente no período em que Armínio Fraga era ministro da Fazenda (gafe da presidente) que a inflação saiu duas vezes do limite superior da política de metas. Foi também em sua gestão que tivemos a maior taxa de juros desse período. Isso é muito complicado. Cada um opta pelo que quiser. Estou fazendo o meu governo e os números são claros”, disse.

A presidente também comentou sobre uma contraposição entre eleitores ricos e pobres, com a disputa de PSDB e PT no segundo turno. “É engraçado que a culpa sempre cai na conta dos pobres. Os ricos não são culpados de nada. É muito interessante.” Dilma argumentou que FHC entregou o governo com a população composta, principalmente, por pobres e miseráveis. “Hoje o Brasil está diferente. De cada quatro, três estão na classe média, majoritariamente. Ou acima nas classes A e B.” Ela também ironizou sobre a suposta euforia do mercado com a possibilidade de Aécio Neves vencer as eleições. “Eu desconfio que os investidores podem fazer tudo, mas não ganham uma eleição. Quem ganha voto no Brasil chama-se povo brasileiro”.

Discurso

A expectativa é que participem do encontro os governadores eleitos de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT); do Piauí, Wellington Dias (PT); do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB); de Alagoas, Renan Filho (PMDB); e do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), entre outros. São esperados ainda o candidato a vice na chapa de Dilma, Michel Temer, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro está previsto para 15h no centro de eventos Brasil 21. É esperado que Dilma faça um discurso, neste evento que marca o começo da campanha do segundo turno. Segundo ela, a campanha seguirá em estados, na ordem, Nordeste, Sul, Minas Gerais e São Paulo.


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