As
perdas registradas no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) ao
longo dos anos foram apresentadas aos prefeitos reunidos no auditório
Petrônio Portela no Senado Federal. Os gestores que participam da
Mobilização Permanente, liderada pelo presidente da Confederação
Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, também obtiveram um
panorama do impacto da criação de pisos salariais nas finanças
municipais.
Com
o auditório lotado, Ziulkoski apresentou um levantamento da entidade
que mostra as perdas acumuladas de 1995 a 2012 em razão da redução na
participação somam R$ 276 milhões. “Em valores, as perdas hoje somam R$
412 bilhões”, disse presidente da CNM. Isso, se considerar a correção
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
De
acordo com o líder municipalista, se o projeto que aumenta em 2% o FPM
estivesse em vigor este ano, os Municípios contariam com R$ 6,1 bilhões a
mais na arrecadação. “A previsão do acumulado passaria de R$ 72 bilhões
para R$ mais de R$ 78 bilhões”, avaliou.
Impacto dos pisos salariais
Em
relação ao impacto dos pisos salariais, Ziulkoski considera como o mais
grave. Em sua apresentação, ele mostrou o quadro real da relação piso
do magistério e as finanças municipais a partir de 2009. O histórico da
aprovação a lei que institui o piso e o critério de reajuste foi
mencionado.
Enquanto
o FPM cresce 55,2% o valor do piso cresce 96,3%, disse baseado em
projeções referentes ao período de 2009 a 2014. Pelos cálculos da CNM,
partir de janeiro, o aumento dos professores será de 19,2%, o que
representa R$ 9,5 bilhões. “Se nós conseguimos os 2% do FPM, que dá uns
R$ 6 bilhões e pouco, e mais as correções do ano que vem do FPM não
pagam o aumento do piso”, ponderou.
“Hoje é importante mostrar essa situação para que se busque uma saída. É a questão do piso, do FPM, dos royalties e outras de uma lista interminável que mantém os Municípios em uma situação critica”. Avaliou Ziulkoski
Prefeitos
Diversos
prefeitos fizeram pronunciamentos, entre eles o de Regente Feijó (SP),
Marco Rocha. Ele disse: “a situação é desesperadora. Precisamos
sensibilizar a comunidade para que fique explicito as perdas que tivemos
com o FPM, as perdas de receitas e a transferência de
responsabilidades”.
CNM
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