Quase 99% - dos 4.707 Municípios que participaram de pesquisa promovida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) - afirmaram sentir os efeitos da crise instalada no País, em seus territórios. Dentre os setores mais afetados pelos problemas atuais estão: Educação e Saúde. Os números fizeram parte de apresentação do presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, ocorrida na tarde desta terça-feira, 10 de maio.
Falta de Recursos para o pagamento do piso do magistério e incapacidade para manutenção do transporte foram os dois problemas mais mencionados pelos governos locais, na área educacional, com 60% e 56,9% deles, respectivamente. Porém, medidas mais graves também foram apontadas, como por exemplo: falta de merenda escolar e fechamento de escolas. Essa última medida foi atotada em mais de 350 Municípios.
Quase 4 mil gestores municiais sinalizaram problemas graves na área da Saúde, e para tentar resolver os problemas, inclusive de extrapolamento do limite prudencial, algumas medidas foram tomadas pela maioria das Prefeituras que respondeu à pesquisa. As mais comuns foram: retirada de ambulâncias, fechamentos de postos de saúde e paralização de equipamentos.
Falta
De acordo com a pesquisa, falta de remédios e médicos é uma realidade em 66,3% e 40,9% dos Municípios, que participaram da pesquisa e indicaram problemas com a demanda. Quase 90% das contatadas, com dificuldades na Saúde, informaram falta de profissionais; e 45% não tem recursos para investimento em hospitais.
Além dos problemas mencionados acima, a maioria dos governos municipais registraram aumentou de demissões do setor produtivo; diminuição da produção agropecuária; fechamento de estabelecimentos comerciais; e maior número de pedidos de auxílios, como emprego e cesta básica. Em 80,9% - de 3.218 Municípios – a população tem registrado queixas da situação aos agentes públicos locais.
Crise
Em relação aos números apresentados, o presidente da CNM citou um exemplo constatado por ele na Saúde: “tem muitos prefeitos que mantendo o clinico geral, mas dispensando os especialistas, como cardiologistas e cirurgião”. Segundo Ziulkoski, os gestores estão cortando onde é possível cortar, e não têm mais o que fazer. “Vai chegar a um ponto de transportar os alunos em carro de boi, porque não tem como pagar combustível”, ironizou o líder municipalista. Ao falar sobre o termo crise, Ziulkoski disse que a gestão local já está muito longe disso. “Em catástrofe total”, classificou o presidente da CNM.
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